Bandido armado com facão se passa por passageiro

TV Vitória

Foto: Reprodução TV Vitória

Bandido armado com facão se passa por passageiro, rende taxista e é preso em Cariacica (ES)

Um taxista teve o veículo roubado quando fazia uma corrida para um suposto passageiro na noite de terça-feira (12) em Boa Sorte, Cariacica. O acusado pegou o taxi em Vitória, mas antes, conseguiu convencer o taxista de que não era criminoso.

"Estava passando próximo ao ponto de ônibus do Clube Naútico e me deparei com um passageiro pedidindo corrida. No momento, a porta do carro estava travada e eu dialoguei com ele antes. Ele me convenceu de que não era bandido e eu prossegui com ele. Depois ele falou que a esposa dele estava logo à frente, mas não conseguimos localizá-la e ele pediu para seguir sentido Boa Sorte, em Cariacica", disse o taxista que não quis ser identificado.

Ao chegar ao destino, o taxista foi surpreendido pelo passageiro que anunciou o assalto com um facão nas mãos. A vítima tentou fugir e quase foi atropelada. Ele falou que era um assalto e tirou um facão. Eu achei que era uma arma. Não deu para ver porque estava escuro. Eu abri a porta e saí correndo. Consegui correr uns 20 metros e quando vi o carro acelerando, fiquei com medo e caí no chão. Quando olhei para trás ele já estava chegando próximo de mim com o táxi. Depois eu consegui pular o muro de uma residência", contou a vitima.

As marcas da violência ficaram pelo corpo do taxista que está com mãos e barriga raladas. Depois de pular o muro de uma casa para tentar se esconder, o taxista ligou pra o Ciodes e acionou o rastreador do carro, que foi localizado no bairro Bela Vista, em Vitória, por uma viatura da polícia.

Segundo os policiais que atenderam a ocorrência, assim que foi abordado, Kleydson Welington da Silva, de 31 anos, tentou dar um nome falso, mas logo confessou o assalto e o nome verdadeiro. O facão utilizado no crime foi apreendido pela polícia. O rapaz, que já tem diversas passagens pela Justiça, inclusive por assassinato, foi levado para o DPJ de Vitória.

Segundo a vítima, esta já é a quarta vez que sofre um assalto em cinco anos trabalhando como taxista. Para ele, falta policiamento e segurança para os taxistas, principalmente à noite. Por conta da violência, ele pensa em largar a profissão. "Penso em largar porque a gente não tem apoio do Governo do Estado. O governo só toma providência quando morre um rico. Quando é um pobre, ele não está nem aí, não fica nem sabendo", disse.

A Polícia Militar informa que em março deste ano o Comando de Polícia Ostensiva Metropolitano e os comandantes dos batalhões da Grande Vitória se reuniram com o Sindicato dos Taxistas para discutir ações voltadas para a segurança da categoria. Ainda segundo a Polícia Militar, o sindicato deveria enviar à PM dados indicando as regiões onde eles gostariam que as abordagens fossem intensificadas. No entanto, os dados não foram enviados até hoje. Mesmo assim, a PM faz abordagens a táxis suspeitos todos os dias. Já o Sindicato dos Taxistas acredita que não é a categoria que tem que identificar os locais de risco. Segundo eles, a polícia deveria fazer um mapeamento dos locais com maior índice de violência e assaltos.

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