sábado, 23 de abril de 2011

Filhote de Pitbull queimado com óleo tem adoção disputada













Segundo veterinário, cão deve passar por cirurgia facial.

Um filhote de Pitbull, que foi encontrado com boa parte do corpo queimado por óleo quente no final de fevereiro, em Jaguariúna, é disputado por interessados em adotá-lo. "Esses dias, uma pessoa ligou da Alemanha demonstrando interesse na adoção. Desde que colocamos um foto dele no Facebook, ele é um cachorrinho popstar", conta o veterinário Danilo Testa, responsável pela clínica, que cuida do animal.

O cachorro de três meses, que ganhou o nome Burn, que em inglês significa queimadura, foi levado à clínica por um cliente e está internado desde o dia 28 de fevereiro. "Ele estava próximo a linha férrea com lesões de queimadura, desnutrido, desidratado e não conseguia se alimentar direito", relata o veterinário.

Agressão

Ninguém sabe como o animal se feriu, por isso a clínica não registrou boletim de ocorrência sobre o caso. O filhote de pitbull foi encontrado sozinho, no meio do mato, próximo a uma linha férrea. O doloroso tratamento de recuperação foi iniciado aos poucos. "Ele chegou aqui em uma situação muito próxima de precisar de eutanásia, mas insistimos no tratamento, que, no início, foi complicado porque ele chorava muito. Manipular as feridas e fazer os curativos era difícil, pois as queimaduras ardem muito. Nós fomos tratando com carinho e cuidado e hoje ele não tem mais dor", diz Testa.

Todos os custos do tratamento foram arcados pela clínica veterinária que o recebeu.

Cirurgia

Burn deve passar por uma cirurgia, na segunda-feira (11), para reconstituição da face. Segundo Danilo, as queimaduras causaram um problemas nas pálpebras superiores do animal, que apenas consegue piscar com as inferiores. "Essa condição atrapalha na lubrificação dos olhos. Por isso, nós estamos usando um colírio para ajudar. A cirurgia não será por uma questão de estética, mas, sim, para melhorar a fisiologia do olho", explica o veterinário.
Animal recebeu cuidados do veterinário Danilo Testa














Traumas

Segundo Testa, o cachorro não ficou com nenhum trauma ou depressão após o abuso. Ele passa o dia brincando com uma poodle que também está na clínica e costuma chorar apenas quando está sozinho. "Ele se sente em casa aqui na clínica, se sente confortável e brinca com qualquer pessoa que se aproximar dele", conta.

Apesar das deformidades, Testa afirma que o cachorro não parece se importar muito com as cicatrizes. "Os cães não têm preconceito. Ele está conseguindo enxergar e é isso que importa para ele, não precisa estar 100% bonito".


Quanto ao futuro de Burn, o veterinário não faz previsões. "Tem tanta gente querendo fazer a adoção. Talvez ele fique de mascote aqui na clínica mesmo, mas, por enquanto, o dono oficial de Burn é o homem que o encontrou e trouxe para a clínica".

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