TV Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória
Os moradores do bairro Nova Esperança, em Cariacica, fecharam parcialmente a Rodovia do Contorno em protesto por mais linhas de ônibus na manhã desta quarta-feira (25). Eles colocaram fogo em pneus e em pedaços de madeiras. As chamas e a fumaça negra impediram a passagem dos veículos. O protesto, que começou por volta das 6h da manhã, teve início dentro do bairro e, em seguida, partiu para a rodovia. A manifestação aconteceu na altura do bairro Nova Rosa da Penha e durou quatro horas.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou mais de dois quilômetros de engarrafamento nos dois sentidos da pista. Uma hora e meia após o início do protesto e sem receber nenhuma resposta por parte dos responsáveis pela empresa de transporte, os moradores decidiram interditar totalmente a pista.
"Nós já tentamos conversar algumas vezes e não conseguimos. A Ceturb marcou com a gente três vezes e as últimas duas foram canceladas. Então nós queremos chamar atenção. [Fazer o protesto] aqui tem uma repercussão maior", afirma o morador e líder comunitário de Nova Esperança, Reginaldo Gomes Cezário.Foto: Reprodução TV Vitória
Mais de 100 moradores participaram do movimento. Dentro do bairro eles também fizeram barricadas e impediram a passagem dos veículos. Os manifestantes querem mais linhas de ônibus para atender a população do bairro. Segundo os moradores, apenas a linha 703 - que faz o trajeto Porto Belo-Terminal de Itacibá, passa pela região.
Diante do problema, a solução encontrada por muitos moradores é sair de dentro do bairro andando para conseguir pegar ônibus. Uma caminhada de mais de 40 minutos por um trecho que, garantem, é muito perigoso. "Quando o ônibus chega, já chega lotado e passa direto. Os moradores saem 5 horas de casa e tem que ir para Porto Belo pegar ônibus", diz o pedreiro Natalino Rocha Barbosa.
Com a escassez no transporte coletivo, eles dizem que vários trabalhadores chegam atrasados ao emprego ou faltam o serviço. "A gente chega já no terminal atrasado. Reclama com o fiscal e não acontece nada", diz a técnica de enfermagem Carla de Lacerda.
Durante o protesto na rodovia, um representante da Ceturb-GV entrou em contato com os moradores. Por telefone, garantiu que a empresa iria avaliar a situação. Em cumprimento à exigência dos manifestantes, policiais rodoviários aguardavam um representante da Ceturb no local para que a pista fosse liberada, o que aconteceu após quatro horas de protesto. Os moradores conseguiram marcar uma reunião com representantes da Ceturb na próxima quarta-feira (1º), em Vitória.
Para os motoristas, restou esperar. "O protesto atrapalha muito. A gente tem compromissos e não consegue sair daqui. Mas não tem jeito, tem que esperar", diz o microempresário Francisco Gasparini.
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