quarta-feira, 23 de março de 2011

Desempregado recebia R$ 100 por semana para esconder drogas em VV-ES

Foto: Reprodução TV Vitória
Um desempregado foi preso no bairro Alecrim por guardar entorpecentes dentro da própria casa em Vila Velha. Apesar de estar em liberdade há pouco tempo, Merisvaldo Elles Nascimento, que já cumpriu pena por porte ilegal de arma, não conseguiu convencer a polícia de que era inocente. "A polícia passou e fez a revista no pessoal. Eles me pegaram e perguntaram se já fui preso. Disse que fui preso por porte ilegal de arma, mas estava com alvará de soltura. Ligaram para a delegacia e disseram que eu estava suspeito. Chegando aqui eles ficaram dizendo que eu estava envolvido com o crime", conta o suspeito.

O delegado Romualdo Gianardoli Neto afirma que logo após a abordagem a polícia descobriu que o desempregado portava munição e escondia drogas. "Durante a revista nada foi encontrado, mas como ele era suspeito de um homicídio ele foi trazido à Divisão. Aqui ele negou o homicídio, mas falou que tinha munição em sua residência. Policiais militares foram até a residência e constataram munição e o material".

Foram apreendidos na casa de Merisvaldo 250 gramas de cocaína, 180 gramas de crack, balanças de precisão, munição de diversos calibres e até ampolas de anestésicos. O suspeito diz que não sabia de nada e alega que tudo estava dentro de uma mala fechada. Segundo o desempregado, um traficante deu a ele uma difícil missão. "Eu abri o jogo e disse que o rapaz pediu para guardar e me pagaria R$ 100 por semana. Como eu pago aluguel e tenho outra família aceitei. Eu não tenho profissão porque sou deficiente. Mas não sabia que era droga. Quando a polícia abriu que eu vi tudo. Eu desconfiava, mas estava precisando de dinheiro e fiquei quieto", afirma.

Merisvaldo tem 5 filhos, dois casamentos é aposentado por invalidez e diz que guardava a droga apenas porque precisava manter as famílias. Além de esconder entorpecentes, o suspeito também é investigado por participação em um homicídio, mas nega o crime. "Eu comprei 20 balas e guardei na minha casa, mas como ele achou a droga. Eu estava armado porque tinha gente me ameaçando de morte. Mas nunca matei, nunca roubei e nunca usei drogas. Estou nessa situação, mas nunca matei ninguém. Tenho minha alma limpa. Se eu soubesse não deixaria droga na minha casa", diz Merivaldo. "É impossível ele falar que não sabia até porque as drogas estavam espalhadas em vários lugares", finaliza o delegado.

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