Agentes penitenciários denunciam superlotação no Presídio Feminino de Tucum-ES

Uma agente penitenciária do Presídio Feminino de Tucum, em Cariacica, enviou uma carta ao Sindicato dos Agentes Penitenciários do Espírito Santo (Sindaspes) para denunciar as condições de trabalho e superlotação no local. Segunda a agente, cerca de 380 detentas estão amontoadas em celas com capacidade para 120 pessoas. A mais recente rebelião evidenciou a situação no Presídio e imagens foram registradas pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Espírito Santo. Na correspondência da agente sobre o problema em Tucum, ela denuncia as péssimas condições de estrutura e insuficiência do efetivo.

“Essa carta não surpreende o sindicato porque já recebemos reclamações das unidades prisionais. Então isso não é novidade. Nós temos passado isso para o Governo, mas esse Presídio de Tucum já deveria ter sido desativado. A qualidade para as detentas e para os profissionais são horríveis. Não tem efetivo suficiente para manter o trabalho”, afirma Denys Mascarenhas, vice-presidente do Sindaspes.

Era no Presídio Feminino de Tucum que a agente Adriana Nascimento trabalhava. Graduada em Direito, ela morreu em um acidente na Rodovia do Contorno, em Cariacica, depois de um plantão de 24 horas. Mascarenhas atribui a morte da agente ao longo período de trabalho. “O Sindicato acredita que essa fatalidade se deve ao cansaço da agente penitenciária”, assegura.

A Secretaria Estadual de Justiça informou que já foram concluídas cinco das nove turmas de aprovados do último concurso da Sejus. As aulas para os quatro grupos restantes recomeçam no próximo dia 4. A Sejus explicou ainda que vai divulgar em breve a abertura das inscrições para um novo concurso público com 800 vagas.
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