Quem viu a cena diz que Natália foi agredida por duas colegas de turma e o irmão de uma delas. O motivo teria sido recados deixados numa página de relacionamentos na internet. A briga foi em uma praça perto da escola em Taguatinga Norte e as marcas da violência ainda estão pelo corpo da jovem.
Em umas imagens gravadas pelo celular de um estudante, pode se ver a adolescente de 14 anos desacordada depois da agressão e os alunos se desesperam. Uma menina pede calma ao grupo e tenta ajudar. A adolescente desperta, mas volta a perder os sentidos e os colegas novamente se desesperam.
A praça onde aconteceu a briga fica a poucos metros da escola e as adolescentes saiam da aula. O irmão de uma delas, que também teria participado da agressão, é maior de idade e na delegacia deu outra versão, disse que Natália caiu e bateu a cabeça. Quem estava por perto no momento da confusão diz que não havia nenhum policial.
Na manhã desta sexta-feira (18), o Batalhão Escolar se reuniu com diretores da regional de ensino da Ceilândia para discutir a segurança nas escolas. São 500 policiais para vigiar as redondezas das mais de mil escolas em todo o DF.
O batalhão diz que o caso é isolado. “É uma escola tranquila e o policiamento é diário, com rondas. A polícia foi ao local poucos minutos depois, mas, quando chegou lá, a jovem já estava desacordada e o procedimento foi encaminhá-la até o hospital”, explica o coronel Eduardo Leite, comandante do Batalhão Escolar.
O diretor da escola pede mais policiamento. Ele já decidiu que vai transferir uma das alunas por questão de segurança e pretende alertar pais e alunos sobre o uso adequado da internet. “O adolescente ter que ser orientado ou acompanhado pelas famílias, isso é extremamente importante. Eu converso com os alunos sobre o assunto, mas isso tem que partir de dentro de casa”, sublinha o diretor Marlon Alves do Nascimento.
O pai de Natália esteve na escola pela manhã e diz que está assustado com tamanha violência. “A gente também não pode considerar que há uma responsabilidade direta da escola, já que o fato ocorreu fora da instituição, mas existe essa correlação. Vim para saber qual a posição da escola sobre o acontecimento”, afirma Selmar , pai da adolescente agredida.
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