segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Material tóxico se acumula dentro do Hospital de Taguatinga(DF)

Imagens feitas pelos funcionários mostram lixo, produtos vencidos e prontuários amontoados dentro do hospital. Do lado de fora, pacientes lidam com a interminável fila de espera.
Material tóxico se acumula dentro do Hospital de Taguatinga
A longa fila do pronto socorro do Hospital Regional de Taguatinga é apenas parte de um problema bem mais sério. Funcionários gravaram imagens dentro do hospital que mostram lixo espalhado pelo pátio, água empoçada em vasos sanitários sem uso e produtos tóxicos de esterilizar equipamentos com validade vencida armazenados sem nenhum aviso do perigo de contaminação. “Em vez de terem sido descartados, eles foram escondidos numa área aberta que há circulação de funcionários e até de pacientes”, afirma uma farmacêutica que prefere não se identificar.

De acordo com os funcionários, cerca de 4,5 mil frascos de soro estão em um depósito inadequado. Inseticidas teriam sido usados para combater uma infestação de piolho de pombos e a embalagem é lavada para ser reutilizada. “Passou da temperatura indicada pelo fabricante, foi dedetizado e a gente não sabe se contaminou ou não. Lava-se os frascos e reutiliza no paciente”, alerta um outro funcionário que também não quis se identificar.

O arquivo de prontuários é um amontoado de lixo, sem ventilação e está abandonado. Segundo o Sindicado dos Servidores da Saúde, equipes de enfermagem e de farmácia que se recusam a usar os produtos e reclamam da sujeira são perseguidos.

“Se não fizer o que mandam, é transferido de local, responde sindicância, essas coisas. Além da população sendo prejudicada, o servidor é punido duas vezes. Vamos procurar a Secretaria de Saúde e Ministério Público para tomar providências nesses sentido”, afirma diretor do sindicato, Vander Borges Matos.

A direção do hospital reconhece que há material tóxico em área exclusiva para a circulação de funcionários. Os produtos estariam nesse local desde 2006 e não podem ser descartados na rede de esgoto. Ainda segundo a direção, a Vigilância Sanitária e a Secretaria de Saúde foram acionadas para resolver o problema.
“Eles estão fora pela mais absoluta falta de espaço dentro de acondicionamento dentro do hospital”, justifica a diretora do HRT, Sônia Salviano. A Secretaria de Saúde informou que chamou a empresa fornecedora para recolher os produtos vencidos. Sobre os frascos de soro, disse que eles foram lavados corretamente e não há risco para pacientes.

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