
A família procurou por Hildo Oliveira da Silva durante 13 dias. Somente na sexta-feira (11), o corpo do padeiro foi localizado no Instituto de Medicina Legal (IML), onde era considerado indigente. “Fizemos a toda a documentação. Ele não era mais indigente”, relata Maurício Bernardinho, cunhado de Hildo.
Ele morreu atropelado no dia 29 de janeiro na Estrutural. A família procurou a ajuda do Serviço Social para fazer o enterro. “Eles liberaram todos os papeis legais para nós fazermos o sepultamento. Escreveram no papel que seria hoje às 11h”, conta Tereza Cristina Oliveira, irmã da vítima.
Para evitar atrasos no enterro, os parentes chegaram ao IML por volta das 5h, mas tiveram uma surpresa: os funcionários ficaram das 8h até às 12h procurando o corpo, que não foi encontrado em nenhuma gaveta.
A mãe da vítima, Maria da Graça Oliveira, diz que recebeu a informação de que o filho teria sido enterrado como indigente em um cemitério de Sobradinho, no lugar de outra pessoa. “Não tem limite, o sofrimento é imperdoável. Meu sofrimento por dor moral da humilhação que estou passando é grande. A tristeza que estou carregando por não ter enterrado meu filho dignamente”, lamenta.
A direção do IML não quis falar sobre o assunto. A direção da Polícia Civil disse que vai abrir um processo administrativo para apurar responsabilidades. Somente no fim da tarde, a família recebeu um telefonema do IML dizendo que o corpo está no cemitério de Sobradinho.
“Não desejo isso para ser humano nenhum, está doendo demais”, completa a mãe. O sepultamento vai ser nesta quarta-feira, em Taguatinga.
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