Alguns produtos típicos da estação já tiveram aumento de até 50% apenas no último mês
A estação mais quente do ano já chega com uma novidade nada boa para o bolso: preço alto. Petiscos, cervejas, refrigerantes, água de coco e até protetor solar já estão mais caros.
E o reajuste é de assustar. Tem produto custando até 50% a mais do que há um mês, como a água de coco. A bebida, que era vendida por R$ 2,00, hoje é encontrada por R$ 3,00. A cerveja não fica atrás. O latão da Skol, por exemplo, passou de R$ 3,50 passou para R$ 4,00. O da Brahma teve o maior reajuste: de
R$ 4,00 chega a ser vendido por R$ 5,00, ou seja, 25% mais caro.
Os petiscos, como peixe frito, caranguejo, casquinha de siri, também estão com preços mais salgados. O peroá, que até novembro saía por R$ 27,00, agora é encontrado por R$ 35,00. Outro produto que também teve alta é o refrigerante. Tanto nos quiosques, quanto nos supermercados, é possível observar a elevação nos valores.
Segundo o presidente do Sindibebidas do Estado, Roberto Anselmo Kautsky, esse aumento é explicado por causa da grande procura. "Além da demanda ser grande, algumas indústrias enfrentam problemas de logística. Outro responsável pelo aumento foi a alta de preços de alguns produtos usados na bebida, como o açúcar".
O economista da Fundação Getúlio Vargas, André Braz, explica que o verão é sempre momento de alta. "De alimentos e bebidas a roupas de praia. Tudo é mais caro. Não há muito como escapar dessa inflação sazonal. Por isso, as famílias devem se preparar para essa época do ano. É bom comprar o biquíni, por exemplo, algum tempo antes. Frutas e legumes também encarecem. É importante comprar os vegetais da estação, que são mais baratos", destaca.
O professor Paulo Cezar Ribeiro, coordenador da pesquisa de preços da Fabavi, afirma que uma forma de fugir dos preços altos das praias é levar bebidas e petiscos de casa. "Comprar cerveja e refrigerante no supermercado sai mais em conta. O jeito é apelar para o isopor e levar os produtos de casa".
Temperatura e preços nas alturas
Caranguejo.
Até novembro custava R$ 4,00. Agora, já é vendido a quase R$ 5,00.
Peroá.
O preço desse peixe frito estava, em média, em R$ 27,00. Com o reajuste, é encontrado por R$ 35,00.
Milho verde.
Passou de R$ 2,00 para R$ 2,50.
Água de coco.
Alta de 50%. O preço médio de venda era R$ 2,00. Agora, a bebida já chega a R$ 3,00.
Cerveja.
A lata passou de R$ 3,00 para R$ 3,50.
Cerveja em latão.
Da Skol passou de R$ 3,50 para
R$ 4,00. Da Brahma, de
R$ 4,00 para R$ 5,00.
Garrafa da cerveja.
Já teve um aumento médio de 6% neste mês.
Refrigerante.
A lata que custava R$ 2,50 é vendida por R$ 3,00 na praia.
Vegetais.
O verão também é período de alta para algumas frutas e verduras. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, esses alimentos podem ficar até 15% mais caros.
Roupas de praia e protetor solar.
Já tiveram aumento de, em média, 5% nos preços.
Água mineral.
Era comprada, há alguns dias, por R$ 1,00. Mas a garrafa de 300 ml já está custando em torno de R$ 1,50.
Nos bares e supermercados, reajuste será ainda neste mês de janeiro
Apesar de na praia os preços já estarem salgados, supermercados e bares ainda estão segurando a alta de alguns produtos. Segundo o superintendente da Associação de Supermercados (Acaps), Hélio Schneider, em janeiro, a cerveja, por exemplo, deve ter reajuste. "O aumento será para compensar a elevação dos custos com a folha de pagamento e com impostos. Mas a alta não será nada tão expressiva e absurda", destaca.
Schneider acrescenta que os supermercados estão bem abastecidos. "Não vão faltar produtos neste verão. O consumidor encontrará bebidas de várias categorias e preços", acrescenta.
O presidente do Sindbares, Wilson Vettorazzo Calil, acrescenta que alguns estabelecimentos da Grande Vitória não vão passar o reajuste dos produtos para o consumidor. "Para evitar a perda de clientes e queda no consumo, os preços devem se manter mais estáveis nos bares do Estado", afirma.
Na praia, não é apenas a água que é salgada
Antigamente, com R$ 10 dava para fazer a festa na praia. Comprava-se refrigerante, água de coco, picolé e muitas guloseimas de verão. Mas, agora, os preços estão bem mais salgados. O casal Wanderson Cazaroto e Graciele Andreza de Oliveira já percebeu que os preços aumentaram bastante. "Só o picolé ainda está custando a mesma coisa. Como sou representante comercial, rodo todas as praias do Estado. Refrigerante, água de coco, peixe frito e vários outros produtos estão mais caros em todas as praias", afirma Wanderson. Graciele explica que costuma levar alguns produtos para a praia para economizar. "Sempre trago biscoito, água e só compro para meu filho um refrigerante", ensina.
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