sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Moradores reclamam de demora dos bombeiros em atender deslizamento que matou quatro pessoas

Corpo de Bombeiros diz ter chegado ao local dez minutos depois de chamado

Julia Chequer/R7
Homem caminha em região de Jundiaí onde houve um deslizamento que matou quatro pessoas

O Corpo de Bombeiros de Jundiaí demorou duas horas e meia para chegar ao local do deslizamento que matou quatro pessoas, no bairro Jardim São Camilo, na noite desta quarta-feira (5) de acordo com moradores ouvidos peloR7. Os vizinhos, que trabalhavam no resgate, se disseram frustrados ao fazer a conta do efetivo destacado para ajudar às vítimas: três bombeiros.

Mais sete bombeiros chegaram por volta das 3h20 desta quinta-feira (6), quase quatro horas depois do deslizamento que matou um casal e suas duas filhas. O Corpo de Bombeiros disse que chegou dez minutos depois de receber a chamada.

Um vizinho que trabalha como autônomo, que prefere não ter seu nome publicado, conta que quem verdadeiramente ajudou no resgate foram os moradores do bairro.

- Surgiu pá e enxada de tudo quanto é lado. Agora, é um absurdo uma cidade como Jundiaí não ter bombeiros que cheguem rápido.

Jundiaí, que fica a 64 km de São Paulo, tem cerca de 370 mil habitantes.

O motorista Ronaldo Silva dos Santos, 25 anos, conta que os moradores ligavam incessantemente para os bombeiros. De madrugada, os telefones passaram a dar sinal de ocupado, relatou ele.

- O Samu [Serviço de Atendimento Móvel de urgência] até que chegou rápido, em dez minutos, mas eles não tinham equipamento nem treinamento para ajudar.

O Corpo de Bombeiros de Jundiaí disse ter recebido o chamado à 1h30. Segundo a corporação, a equipe de socorristas chegou em menos de 10 minutos.

O vereador José dias (PDT), da base aliada do governo, disse que esteve no local do deslizamento às 3h e confirmou que viu apenas três bombeiros. Ele se comprometeu a averiguar o porquê da demora. O parlamentar ainda destacou que a área de risco será desocupada.

- Vamos trabalhar para que tragédias como essa não se repitam com monitoramento constante.

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