O governo da Rússia revisou para 35 o número de mortos no atentado a bomba, nesta segunda-feira (24), no aeroporto de Domodedovo, nos arredores de Moscou. Segundo as autoridades, 180 pessoas ficaram feridas, sendo que 94 continuam internadas. Entre os mortos estão dois cidadãos britânicos.
A informação oficial é do Ministério de Emergência da Rússia. Em pronunciamento na TV, o presidente Dmitri Medvedev disse que a explosão no aeroporto mais movimentado de Moscou foi um ataque terrorista, segundo "investigações preliminares".
Segundo o porta-voz do Comitê de Investigação, Vladimir Markin, o suposto terrorista carregava uma maleta na área de desembarque internacional. Aparentemente, o homem carregava explosivos na cintura.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques até este momento, mas especialistas citados pela imprensa internacional culpam movimentos fundamentalistas islâmicos do Cáucaso.
A polícia anunciou ter encontrado a cabeça do suposto terrorista, que teria causado a explosão. Uma fonte citada pela agência Interfax disse que "foi encontrada a cabeça de um homem de aparência árabe, de idade entre 30 e 35 anos, que possivelmente ativou a bomba".
O ataque ocorreu às 16h40 locais (11h40, em Brasília) e deixou cerca de 150 feridos.
Aeroporto já foi atacado em 2004
Não é a primeira vez que o aeroporto de Domodedovo é alvo de ataques. Em 2004, homens-bomba mataram 90 pessoas ao explodirem um avião que havia decolado do terminal.
Em março, duas mulheres-bomba provocaram 40 mortes no sistema de metrô de Moscou. Elas eram da Província do Daguestão e faziam parte de um movimento separatista radical.
A Rússia sofre com movimentos separatistas nas Repúblicas do Cáucaso, onde a maioria da população é muçulmana.
O atentado ocorre menos de dois meses após o anúncio de que a Rússia vai abrigar a Copa do Mundo de 2018.
O Itamaraty diz que não tem nenhuma informação sobre vítimas brasileiras.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lamentou os ataques e ofereceu ajuda aos russos. O governo do Reino Unido também prestou solidariedade em nota sobre o ataque.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que está "horrorizado com o atentado" e condena o "ato injustificado de violência".
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