Folha Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória 
Festa e muita animação marcaram o retorno para o Espírito Santo do capixaba Luiz Dayr Junior e sua família, que juntos viveram momentos de terror em Nova Friburgo, a cidade mais castigada pelas fortes chuvas no Rio de Janeiro. Na chegada, o relato emocionante de alguém que vivenciou o maior desastre natural do país.
"Eu fico muito feliz de ver minha família e meus amigos por tudo o que eles fizeram por mim e pela minha família. Não tem explicação, o que está acontecendo hoje comigo é a melhor coisa do mundo", diz emocionado Luiz Junior.
A família de Luiz soltou fogos e afixou painéis com as fotografias da esposa e do filho do capixaba. Os abraços e beijos foram poucos para quem ficou mais de dois dias sem ter notícias do filho.
"Eu não desejo a ninguém o que eu passei, só uma mãe pode saber o que eu sofri, mais ninguém sabe o sofrimento e a preocupação de uma mãe numa tragédia daquelas", disse Aparecida, mãe de Luiz.
A família enfim pôde respirar aliviada depois dos momentos de terror que Junior, a esposa Flávia e o filho Henrique viveram em nova Friburgo. Felicidade a mais para o padrinho de Luiz, que faz aniversário no dia em que o afilhado retornou para casa.
A alegria de voltar ao Espírito Santo contrasta com o coração apertado. Flávia, a esposa de Luiz, deixou para trás a mãe e parentes que perderam tudo com a catástrofe. “Metade da minha família ficou, a minha mãe ficou, não tem como ela vir porque a casa acabou, a casa e carro conseguimos comprar novamente, mas minha prima morreu com mais 8 pessoas em casa, isso que é triste", conta Flávia Dilon.
O número de mortos em decorrência das chuvas que devastaram a região serrana do Rio de Janeiro já chega a 710. Apenas em Nova Friburgo, cidade onde a família do capixaba estava, são 335 mortos, de acordo com os últimos números divulgados pela Polícia Civil.
Acordar de madrugada com pessoas pedindo ajuda, ficar sem água e ver casas de parentes serem destruídas são apenas algumas das situações vividas pelo casal. "Você entra em pânico, não tem luz, não tem nada e você só vê a água subindo", relembra Flávia.
Depois de presenciarem e saírem ilesos da tragédia que abalou o Rio de Janeiro, o casal clama por solidariedade. “As vítimas da chuva precisam de água e produtos de limpeza. Eles vão precisar muito de cloro e desinfetante também”.
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