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O bebê de apenas 10 dias que havia sido roubado dos pais por um falso assistente social voltou para os braços da família e vai para casa pela primeira vez. Do momento em que foi levado pelo falso assistente social até ser resgatado pela polícia, o recém nascido passou 24 horas longe dos pais. O perído foi marcado por desespero e orações. "Deus trouxe ele para mim de volta. A gente só orava e pedia a Deus", conta Thierlis Silva, pai da criança.
"A gente espera tanto para ter um filho e depois fica longe dele. Eu fiquei desesperada", afirma a agricultora Vanessa da Silva, mãe do bebê. "Estou muito feliz porque ele está nos meus braços. Ele ficou um dia só nos meus braços e depois não o vi mais. Eu achava que nunca mais iria vê-lo. Tive muito medo", diz Vanessa.
Na manhã desta segunda-feira (31) a agricultora contou para a mãe o que havia acontecido com bebê. Eduardo foi localizado pela polícia na casa de um pedreiro, em Campo Verde, Cariacica. Depois de preparar o quarto para a chegada da criança Anildo achava que tinha se tornado pai do primeiro filho com a mulher com quem vive há dois anos. No entanto, o pedreiro não sabia que o recém nascido que apareceu em casa havia sido roubado de outro casal. "Eu achei quer era meu filho, cuidei com todo carinho que um pai cuida. Agora é muito difícil", disse o pedreiro, Anildo Carneiro.
A polícia prendeu a mulher de Anildo, Solely de Souza, de 40 anos, suspeita de tramar o plano para tomar o filho do casal, que mora em Córrego do Tema, zona rural de Vila Valério, norte do Estado. Segundo a polícia, o desempregado Flávio Sampaio Ferreira, de 24 anos, se passou por assistente social para levar o bebê. Ele também foi preso e disse que foi chantageado por Solely para roubar a criança. "Ela estava me chantageando e eu fui obrigado a entregar. Ela falou que se eu não arrumasse o bebê para ela, poderia acontecer alguma coisa comigo", disse.
Desde quando nasceu, no dia 20 de janeiro, Eduardo ainda não esteve em casa. Agora os pais voltam com ele para o interior do Espírito Santo sem ressentimento com a cidade grande, mas com uma lição. "Eu não tenho que perdoar nada. Quem tem que perdoar é Deus. Vitória é um lugar bom, mas a gente tem que prestar atenção nas pessoas. Agora eu quero minha casa e cuidar do meu filho. É a primeira vez que ele vai para o berço", afirma a mãe.

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