O capricho da natureza fascina moradores e turistas em Marataízes, no Sul do Espírito Santo. Mas, os encantos da cidade vão além de sol, praia, gente bonita e diversão. A criação de coelhos tem gerado renda para um produtor do município.
Na casa de Oscar Fernandes a vista é de tirar o fôlego, mas essa não é a única atração do imóvel. Na parte de trás da casa, um coelhário expõe uma das paixões de infância do aposentado. Nos viveiros, a variação de cores ultrapassa os olhos vermelhos e pelos brancos.
O coelho é gigante, de origem belga, e pode alcançar 1 metro de comprimento e pesar 10 quilos. A produção na casa de Oscar se destina a matrizes, ou seja, de fêmeas e machos reprodutores para o Espírito Santo e outros estados do país. A reprodução é rápida: o período da gestação varia entre 30 e 32 dias.
"A base é matrizes reprodutoras. Quando tem um excesso de macho, eles têm que ser abatidos, porque não tem como vender o casal. Não tem outra empresa para fazer o casal", explica o agricultor.
Mas a cunicultura, ou criação de coelhos, não é nada em conta. Para reduzir os custos com a ração, por exemplo, o produtor inclui uma planta na dieta dos animais. De origem chinesa, o Rami é usado na indústria têxtil e possui uma concentração considerável de proteína.
"Além do Rami, tem alfafa tropical que eu comprei. É uma planta que trouxeram da Índia e adaptaram no nordeste do Brasil. O verde é para o coelho ficar menos estressado", disse Oscar.
Na Europa, apesar do mau cheiro, a urina do coelho é aproveitada na indústria de cosmético para a produção de fixador de perfume. Na propriedade de Oscar Fernandes, o xixi não é aproveitado, mas também não polui o meio ambiente.
"Eu fiz uma vala acimentada e coloquei um cano furado dirigido para uma fossa do lado de fora do galpão. Então a urina dos coelhos vai para a fossa, sem poluir", diz.
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