segunda-feira, 25 de abril de 2011

Confrontos matam mais quatro na Síria, e mortos em protestos chegam a 352

Violência continua após morte de 120 manifestantes no sábado e tiroteio em funerais
23.04.2011/AP
Foto tirada por telefone celular mostra caixão de manifestantes mortos no sábado na cidade de Quaboun, perto da capital Damasco

Quatro pessoas morreram e várias ficaram feridas neste domingo (24) em confrontos com as forças de segurança em Jable, perto de Latakia, no noroeste da Síria, informou um porta-voz do Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres.

O novo governador da região visitou a cidade e, depois de sua visita, as forças de ordem cercaram a cidade e começaram a disparar, completou o porta-voz.

Até agora, não tinham sido registradas vítimas fatais neste domingo, depois de dois dias sangrentos de repressão às manifestações contrárias ao regime do presidente sírio Bashar al Assad. Ao menos 120 pessoas morreram, segundo uma lista nominativa do Comitê de Mártires da Revolução de 15 de março.

Além disso, outras 12 pessoas morreram depois que atiradores dispararam contra os presentes nos funerais dos manifestantes.

Com essas quatro mortes, o balanço de vítimas desde o início do movimento de contestação em 15 de março sobe para 352 mortos, segundo as cifras recolhidas pela France Presse.

Pouco depois do anúncio das mortes em Jable, em torno de 3.000 moradores de Banias, cidade localizada a cerca de 50 km de Latakia, organizaram em solidariedade uma manifestação na estrada que une Latakia a Damasco, segundo a mesma fonte.

Os manifestantes, que pediam o cessar dos disparos das forças de segurança em Jable, afirmaram que não levantariam o bloqueio da estrada enquanto não tivessem suas demandas atendidas.

Ataques aéreos atingem prédio de complexo de Kadhafi, na Líbia

Agências de notícias atribuem o bombardeio à Otan.
Governo do ditador disse que explosão foi ataque à vida do líder terrorista.
Pessoa conversam próximo um prédio do complexo Bab al-Aziziya, de Muammar Kadhafi (Foto: Louafi Larbi/AFP)
Pessoas conversam próximo ao prédio do complexo Bab al-Aziziya, de Muammar Kadhafi, atingido pela explosão, em foto tirada em visita organziada pelo governo.

Aviões bombardearam no início desta segunda-feira (25) um prédio do complexo Bab al-Aziziya, de Muammar Kadhafi, em Trípoli, no que a assessoria de imprensa do governo disse ser um ataque à vida do ditador líbio. Agências de notícias atribuem o ataque à Otan, o que ainda não foi oficialmente confirmado pela organização.


A agência BBC disse que os ataques tiraram do ar, momentaneamente, três canais de TV.
Os bombeiros ainda trabalhavam para extinguir as chamas em uma parte do prédio destruído quando os jornalistas foram levados para uma visita organizada pelo governo para o local, de acordo com a agência Reuters.

Segundo as agências, a assessoria de imprensa do governo, que pediu para não ser identificada, disse que Kadhafi usava o edifício destruído para reuniões ministeriais. A assessoria disse que 45 pessoas ficaram feridas, 15 gravemente, e alguns ainda estavam desaparecidas após o ataque.
Confrontos em Misrata

Neste domingo (24), a cidade líbia de Misrata foi palco de confrontos entre forças leais Kadhafi e rebeldes, segundo informações das agências de notícias AFP e Reuters. O conflito ocorre após conflitos no sábado (23), que deixaram número incerto de mortos. Rebeldes disseram ter tomado o poder da cidade no sábado.

“A situação é muito perigosa”, disse o porta-voz rebelde Abdelsalam por telefone, segundo a Reuters. “Brigada de Kadhafi começaram a fazer bombardeios nas primeiras horas da manhã. Os bombardeios continuam. O alvo deles é o centro da cidade, principalmente a Rua Trípoli, e três áreas residenciais.”
A cidade registrou no sábado “o balanço mais grave em 65 dias de combates”, segundo relato do médico Jalid Abu Falra à AFP, que fala em ao menos 28 mortos e centenas de feridos.

O vice-ministro líbio de Relações Exteriores, Jaled Kaaim, disse na noite de sábado que as forças armadas do regime haviam suspendido suas operações em Misrata para permitir que as tribos buscassem uma solução pacífica para o problema.
No entanto, nas primeiras horas do domingo, era possível ouvir disparos quase ininterruptos de armas automáticas na cidade, segundo jornalista da AFP que estão no local.

Um jornalista francês cuja identidade no foi divulgada foi ferido gravemente na noite de sábado, mas estava fora de perigo depois de ser operado, segundo informações de fontes médicas dadas à agência.
Os rebeldes confirmaram a presença de combatentes tribais nas tropas de Kadhafi. “Algumas
vezes combatemos contra homens uniformizados do exército e às vezes contra homens civil.
Agora há combatentes tribais procedentes do sul”, disse o rebelde Omar Rajab, de 29 anos, à AFP.
De acordo com os rebeldes, ainda há combatentes das forças de Kadhafi em um antigo hospital público. “É o último reduto que defendem, mas ainda resistem”, disse o médico Hakim Zaggut.
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